Pela primeira vez desde o início da guerra, algumas das praias da cidade costeira de Odessa reabriram oficialmente ao público. Mas num mar repleto de minas marítimas, teve de ser colocada uma rede anti-minas para proteger os banhistas que também estão proibidos de tomar banho durante alertas de ataques aéreos.
Apesar da aparência de normalidade, a ameaça da guerra paira sobre Odessa.
Antes da invasão militar russa, a histórica cidade do sul da Ucrânia, banhada pelo Mar Negro, eram um dos destinos de férias mais populares entre ucranianos e russos.
A guerra mudou quase tudo. Nos últimos meses, a zona portuária de Odessa foi muitas vezes alvo de ataques com mísseis e drones. As águas encheram-se de minas marítimas, mas foi sobretudo o colapso da barragem de Nova Kakhovka no início de junho que acabou por determinar o encerramento das praias, subitamente invadidas por uma torrente de destroços e de lixo.
Algumas reabrem agora de forma oficial, mas adaptadas às novas circunstâncias. Numa praia, por exemplo, foi colocada uma rede para evitar que as minas cheguem perto dos banhistas.
Enquanto Odesa se liberta de alguns dos efeitos colaterais do colapso da barragem, mais de dois meses depois do desastre que atingiu uma parte do sul da Ucrânia, estima-se que 1 milhão de pessoas continuem sem acesso a água potável.
Para tentar restabelecer o abastecimento de água nesta região, o governo ucraniano está a construir uma nova rede com centenas de quilómetros. Os responsáveis pela construção acreditam que a primeira parte da nova rede de abastecimento de água estará pronta dentro de duas semanas.