Guerra Rússia-Ucrânia

Suíça vai adotar sanções contra a Rússia estabelecidas no 11.º pacote da UE

Entre as novas restrições, está a proibição da exportação de bens de dupla utilização e aqueles que possam contribuir para o reforço militar e tecnológico da Rússia.

Suíça vai adotar sanções contra a Rússia estabelecidas no 11.º pacote da UE

A Suíça, país tradicionalmente neutral em conflitos internacionais, adotará novas sanções contra a Rússia a partir desta quarta-feira, em linha com o 11.º pacote de medidas aprovado pela União Europeia em junho, anunciou o Executivo de Berna em comunicado.

Entre as novas restrições, está a proibição da exportação de bens de dupla utilização e aqueles que possam contribuir para o reforço militar e tecnológico da Rússia.

Mais de 80 empresas estão abrangidas pelas sanções

Um total de 87 novas empresas, incluindo as de países terceiros que têm abastecido Moscovo, estão abrangidas pelas medidas sancionatórias do executivo helvético.

Componentes eletrónicos e precursores de armas químicas também são adicionados à lista de bens sujeitos à proibição de exportação para a Rússia. A proibição de combustíveis de jatos e aditivos e todas as mercadorias adequadas para uso na indústria aeroespacial é outra das novidades anunciadas pela Suíça.

No setor financeiro, foi alargada a proibição de venda de títulos em francos suíços ou na moeda oficial de um Estado-Membro da União Europeia (UE) a cidadãos russos ou entidades estabelecidas na Rússia.

Proibida a venda de valores mobiliários a cidadãos russos

Desta forma, a partir de hoje, é proibida a venda de valores mobiliários a cidadãos russos ou a entidades estabelecidas na Rússia, independentemente da moeda em que estejam referenciados.

O principal objetivo destas medidas é reduzir o risco de evasão de sanções através de países terceiros, para os quais a UE criou uma base legal que impede a fuga às medidas restritivas existentes desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro do ano passado.

O Governo suíço indicou que está "determinado a lutar firmemente" contra a evasão de sanções e que estudará a possibilidade de implementar esta nova base legal caso a UE decida aplicá-la.