Guerra Rússia-Ucrânia

Análise

José Milhazes: “Há um grupo interessado em que Prigozhin desapareça do mapa”

Afinal, o que aconteceu ao jato privado onde alegadamente seguia o líder do grupo Wagner? Poderá este incidente ter mão russa? José Milhazes enumera as várias possibilidades.

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Continua por confirmar o motivo que levou à queda de um jato privado, esta quinta-feira, na região de Moscovo, onde alegadamente seguiria Prigozhin, líder do grupo Wagner. Na SIC Notícias, José Milhazes afirma ser possível ter havido uma explosão.

“Testemunhas afirmam que ouviram duas explosões antes do avião cair. Olhando para o terreno, sabemos que o avião se desfez em pedaços. É, por isso, perfeitamente natural que tenha havido uma explosão”, adianta.

O comentador SIC avança ainda que está a ser apontada uma segunda teoria: de que a aeronave foi abatida pelo sistema antiaéreo de Moscovo. No entanto, vários especialistas sublinham que não há qualquer rasto de que tenha sido usado um míssil.

Poderão ter sido os ucranianos?

“Se foram os ucranianos os autores desta ação mostra que qualquer dirigente russo pode ser alvo de uma operação deste tipo”, afirma José Milhazes.

No entanto, o comentador afirma que, tendo em conta conflito entre Putin e Prigozhin, a versão mais provável é a de que “Putin acabou por ajustar contas e não lhe perdoou a traição” - referindo-se à rebelião armada que Prigozhin liderou a 24 de junho.

O grupo que quer Prigozhin “fora do mapa”

José Milhazes relembra que no Kremlin “há um grupo que não quer ouvir falar de Prigozhin”. Trata-se do ministro da Defesa russo e do chefe do Estado-maior-General das Forças Armadas.

“Esse grupo, claro, estava diretamente interessado que Prigozhin desaparecesse do mapa para não criar mais confusão”, conclui.