Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia diz ter abatido dezenas de drones, Rússia garante ter destruído navios militares

Kiev avança que a queda de destroços de drones abatidos danificou automóveis, cabos dos elétricos e um apartamento. Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia anuncia que os navios ucranianos foram destruídos perto da ilha das Serpentes.

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As defesas aéreas da Ucrânia abateram esta madrugada mais de 20 drones russos que tinham como alvo a capital, Kiev, disseram este domingo as autoridades ucranianas, que referiram ainda um ferido devido à queda de destroços.

"Os drones entraram na capital em grupos e vindos de diferentes direções. As forças de defesa aérea conseguiram destruir mais de duas dezenas de drones inimigos", disse a administração militar de Kiev, na plataforma de mensagens Telegram.

O número exato de drones abatidos será anunciado posteriormente, acrescentou a administração, sem especificar se todos os drones foram destruídos durante o voo ou se alguns atingiram a cidade.

A queda de destroços de drones abatidos danificou automóveis, cabos dos elétricos de Kiev e um apartamento, onde uma pessoa ficou ferida, mas sem correr perigo de vida, disse a administração.

O chefe da administração militar da capital, Sergey Popko, disse que os destroços dos aparelhos aéreos não tripulados abatidos caíram nos distritos de Sviatoshynskyi, Podilskyi e Shevchenkivskyi.

No distrito de Shevchenkivskyi, no centro de Kiev, os ataques provocaram um incêndio num edifício residencial que foi apagado pelos proprietários, sem causar vítimas, disse Popko, no Telegram.

Em Podilskyi, no centro, destroços caíram num espaço aberto e os médicos que chegaram ao local trataram uma pessoa que sofreu um ataque de "stresse agudo", segundo Klitschko.

Já na região de Sviatoshynskyi, localizado a oeste da capital, os destroços causaram um incêndio no Parque Sovky, um dos jardins públicos mais conhecidos da cidade, disse o autarca de Kiev, Vitali Klitschko.

Também no Telegram, o autarca disse que mais destroços em chamas caíram numa estrada no distrito central de Solomyanskyi.

Nas últimas semanas, as forças russas tinham intensificado os ataques com drones, sobretudo contra as cidades de Izmail e Reni, na província de Odessa, onde estão instalados os portos fluviais do Danúbio a que a Ucrânia tem recorrido para exportar cereais.

No final de agosto, o porta-voz dos serviços secretos militares ucranianos, Vadim Skibitski, afirmou que as forças russas estão a efetuar um reconhecimento das infraestruturas ucranianas e que poderiam iniciar uma série de ataques maciços com mísseis e 'drones' no final de setembro ou em outubro.

Rússia diz ter frustrado tentativa de desembarque na Crimeia

O Ministério da Defesa da Rússia disse este domingo ter destruído navios militares com soldados ucranianos a bordo, evitando uma tentativa de desembarque na península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.

Aviões russos destruíram "três navios militares de alta velocidade de fabrico norte-americano (...) com grupos de desembarque das Forças Armadas da Ucrânia, que viajavam em direção à costa da Crimeia", referiu o ministério.

De acordo com uma nota publicada na plataforma de mensagens Telegram, os navios foram destruídos perto Zmiinyi, conhecida como ilha das Serpentes, que foi ocupada no início da invasão da Ucrânia, mas da qual a Rússia se retirou em junho de 2022.

Na semana passada, a Rússia disse ter destruído no Mar Negro quatro lanchas militares rápidas com soldados ucranianos a bordo, que viajavam em direção ao cabo Tarkhankut, localizado no oeste da península da Crimeia.

Também este domingo, numa outra mensagem, o Ministério da Defesa russo disse que os sistemas de defesa aérea abateram esta madrugada oito drones ucranianos que sobrevoavam o Mar Negro, junto à península da Crimeia.

"Uma tentativa do regime de Kiev de realizar um ataque terrorista com aparelhos aéreos não tripulados (...) contra instalações no território da Federação Russa foi frustrada", disse o ministério, no Telegram.

No total, "oito aparelhos aéreos não tripulados foram destruídos pelos sistemas de defesa aérea em serviço nas águas do Mar Negro, perto da costa da República da Crimeia", referiu a nota.