A ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, reivindicou esta terça-feira a política de alargamento da NATO que impulsionou no seu mandato e sugeriu que o Presidente russo, Vladimir Putin, tem responsabilidades na expansão da organização militar aliada.
A ex-chefe da diplomacia de Washington e também ex-candidata presidencial democrata pronunciava-se no decurso da apresentação da sua fotografia, que ficará colocada nas paredes do Departamento de Estado e na qual aparece olhando o horizonte, com uma bandeira norte-americana como fundo.
No seu discurso, elogiou a administração de Joe Biden e a "manutenção dos valores e prioridades" que impulsionou no Governo de Barack Obama, onde se incluem a defesa da Ucrânia, enfrentar "as agressões russas" e "gerir a rivalidade com a China".
Numa referência à expansão da NATO, que considerou uma "ferramenta de contenção" da Rússia, Hillary dirigiu-se ao Presidente russo: "Vladimir, foste tu que a fomentaste. As pessoas não estão forçadas a unir-se à NATO. As pessoas decidem unir-se à NATO", sublinhou entre os aplausos da assistência.
A ex-ministra dos Negócios Estrangeiros também reivindicou a estratégia do "poder inteligente" que praticou no exercício de funções, e pela qual procurou afastar os Estados Unidos da política agressiva impulsionada por George W. Bush (2001-2009) mas sem renunciar ao poder diplomático e militar.
Na sessão compareceram Bill Clinton, seu marido e ex-presidente dos EUA, o atual secretário de Estado Antony Blinken, o secretário de Estado que lhe sucedeu, John Kerry (2013-2017) e dezenas de diplomatas.