A Rússia está a recrutar jovens cubanos para combaterem na Ucrânia. Já o fazia com países vizinhos, da Ásia Central, oferecendo ordenados muito acima da média desses países. Até ao final do ano Moscovo quer mais russos a combater em território ucraniano e determinou novo recrutamento obrigatório.
Os meios de comunicação estatais russos afirmam que os recrutas terão que cumprir um ano de serviço militar obrigatório, mas a maioria dos jovens russos da faixa etária abrangida receiam ser chamados para a guerra antes disso. São mais 130.000 novos soldados, que Moscovo pretende recrutar até ao fim do ano.
Rússia recruta nos territórios anexados
Em Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporijía, territórios anexados ilegalmente pela Rússia há um ano, e onde vai ser feito recrutamento, há quem tema ver ucranianos a lutar contra ucranianos.
Recrutar estrangeiros e oferecer-lhe cidadania russa já acontece há meses, por exemplo em Cuba. Os jovens são aliciados com 2.000 euros, 100 vezes mais do que o salário de um funcionário público.
Havana diz ter detido duas dezenas de pessoas ligadas a uma rede de tráfico que atraía cubanos a lutar por Moscovo. O Departamento de Estado norte-americano já se pronunciou, mostrando preocupação pelos jovens que, diz, estão a ser enganados.
Ucrânia alterou regras de recrutamento
A Ucrânia alterou no início do mês as normas de recrutamento militar abrindo as portas a portadores de doenças ou deficiências ligeiras. A Legião Internacional Ucraniana acolhe combatentes estrangeiros que queiram lutar ao lado dos defensores ucranianos.
Zelensky anunciou a criação de uma Aliança de Indústrias de Defesa num Fórum Internacional, em Kiev, no qual participaram mais de 30 países e 250 empresas.