Dmytry Medvedev ameaça afundar a Grã-Bretanha com mísseis hipersónicos russos. É a resposta do atual vice-presidente do Conselho de Segurança russo, depois do anúncio do Reino Unido. Londres vai permitir que a Ucrânia utilize mísseis de longo alcance para atacar alvos na Rússia. Germano Almeida destaca que o papel e a influência de Medvedev, “uma das pessoa mais próximas de Putin”.
“Medvedev é só um antigo Presidente russo, uma pessoa das mais próximas de Putin e que no historial desta guerra, claramente quando fala, é para sinalizar aquilo que Putin quer sinalizar aquilo que Putin quer sinalizar, mas não quer dizer e verbalizar, e mostrar o lado assustador da Rússia (…) Ele também diz que a Ucrânia não durará um quarto de 100 anos, ou seja, mais mais 25 anos. Isto prova que para a Rússia de Putin, o objetivo continua a ser toda a Ucrânia", explica o comentador da SIC.
Sobre as alterações a que se poderá assistir no combate no decorrer da guerra na Ucrânia, se de facto Kiev tiver disponíveis mísseis de longo alcance, Germano Almeida diz que “a questão aqui está nos alvos a atingir, a Ucrânia tem garantido aos seus aliados que só serão alvos militares e os Estados Unidos continuam a exigir, e ainda não deram o sim à Ucrânia, que saber que alvos são".
Os chefes da diplomacia norte-americana e britânica, Antony Blinken e David Lammy, reafirmaram, esta quarta-feira, durante uma visita conjunta a Kiev, o compromisso com a Ucrânia, que insiste na pressão ao Ocidente para usar armamento de longo alcance para atacar território russo.
“Parece-me muito, muito significativo que os britânicos, mais uma vez se cheguem primeiro à frente, sejam eles primeiro a aprovar a utilização ‘Storm Shadows’, mísseis de longo alcance britânicos em território russo. Recordo que já há vários meses aprovam e está a ser utilizados na Crimeia”, esclarece.
O comentador destaca ainda o facto de haver uma visita conjunta dos chefes da diplomacia deste dois países a Kiev: “Absolutamente histórica, há mais de uma década que tal não acontecia uma visita conjunta de chefes da diplomacia de Washington e Londres a uma capital estrangeira. É um sinal que há uma articulação entre Reino Unido e Estados Unidos”.