A Rússia garante que Vladimir Putin ainda não conversou com Donald Trump depois das eleições presidenciais dos Estados Unidos (EUA). Assim, o Kremlin desmente a noticia de que os dois teriam tido uma conversa e que Trump teria aconselhado Putin a não escalar a guerra.
Afinal, garante o Kremlin, Putin e Trump ainda não falaram desde que o republicano foi eleito Presidente dos EUA.
A informação tinha sido avançada pelo Washington Post, que garantiu que Trump falou com Putin e o aconselhou a não escalar a guerra. O Kremlin diz que a noticia é pura ficção.
"É completamente falsa. É pura ficção. É simplesmente informação falsa", garante Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
Certo é que antes da tomada de posse de Trump, a 20 de janeiro, Joe Biden vai entregar cerca de seis mil milhões de dólares restantes de ajuda militar à Ucrânia. Biden também garantiu que vai pedir ao novo Congresso e à próxima administração que mantenham o apoio a Kiev.
A eleição de Trump levantou preocupações sobre a redução do apoio dos EUA a Kiev, que têm motivado alguma mobilização na Europa.
Já esta manhã, o primeiro-ministro britânico reuniu-se com o Presidente francês para discutir o tema.
"Os líderes europeus prosseguem o seu caminho, procurando a derrota estratégica do nosso país, da Federação Russa. Nós, por nossa vez, continuamos a 'operação militar especial' até que todos os objetivos sejam alcançados", refere Dmitry Peskov.
Foram divulgadas imagens do ministro russo da defesa a inspecionar as tropas posicionadas em áreas ocupadas da Ucrânia.
Receando ataques russos contra infraestruturas energéticas, a Ucrânia decidiu impor apagões de emergência em todo o país. Toda a população está sob alerta máximo.
Durante a noite, foram registados ataques em várias cidades.Pelo menos seis pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas.
De acordo com o serviço de emergência, os ataques tanto em Mikolaiv como em Zaporijia destruíram parcialmente edifícios residenciais, provocando incêndios e danos consideráveis.