Guerra Rússia-Ucrânia

Ministro russo admite abertura para negociações com a Ucrânia, mas traça linhas vermelhas

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros diz que há abertura para negociações com a Ucrânia, mas rejeita a presença de um contingente militar europeu nos territórios ocupados.

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Mil e quarenta dias depois do início da guerra, ainda são frágeis os sinais de um possível entendimento entre a Rússia e a Ucrânia. Este domingo, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, disse à Agência RIA Novosti que Moscovo está aberta a negociações, desde que a segurança do país não seja ameaçada pelo Ocidente. Isso implica que a Ucrânia se mantenha fora da NATO e sem armamento nuclear.

Numa outra entrevista à Agência TASS, Sergei Lavrov deixou claro que a Rússia se opõe ao eventual envio de um contingente militar europeu e britânico para a Ucrânia, caso as hostilidades cessem. A possibilidade foi sugerida por figuras próximas do futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na linha da frente, os combates continuam. Este domingo, as forças armadas ucranianas relataram 133 confrontos nas regiões de Sumy, Chernihiv e Kharkiv, com 16 ataques repelidos com sucesso na região de Kursk. Por sua vez, a Rússia afirmou ter abatido 61 drones ucranianos e lançado ofensivas em Donetsk, Zaporizhia e Kherson.

Mais de mil dias após o início da guerra, há ainda quem procure transmitir sinais de esperança e normalidade. A aldeia ucraniana de Kiselivka, situada a 60 quilómetros da fronteira com a Bielorrússia, recebeu um grupo de artistas que viaja de terra em terra para reconstruir o 'Vertep', uma espécie de "janeiras" com canções ucranianas de Natal.