Guerra Rússia-Ucrânia

Europa deixa de ser prioridade para os Estados Unidos que se quer focar na ameaça chinesa

A segurança da Europa deixou de ser uma prioridade para os Estados Unidos. A nova administração quer que os políticos europeus convençam os cidadãos a aceitarem maiores gastos com defesa enquanto Washington se foca na China. Quanto à Ucrânia, o novo secretário da Defesa americano considera irrealista um regresso às fronteiras anteriores a 2014.

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O secretário da Defesa dos Estados Unidos foi a Bruxelas para confirmar o que se esperava. Na presença do ministro ucraniano da defesa, Washington aceita a perda de território - como a Crimeia e o Donbass - a favor da Rússia.

Na primeira reunião com os ministros da Defesa dos estados-membros, Pete Hegseth diz que a administração americana não antevê que a adesão da Ucrânia à NATO seja solução para a guerra e que a Europa tem de pagar a "fatia de leão" de ajuda militar a Kiev.

Mas não só, já que Washington deixa de tolerar relações desequilibradas que levam a dependência financeira, isto porque o foco da Casa Branca deixa de ser a defesa do velho continente.

Apesar de gastar 3,3% do PIB em defesa, o Governo americano quer a Europa a gastar 5%. O secretário geral da aliança não fala em números, mas sim em mais investimento.

Os serviços secretos da Dinamarca anteveem que, se o investimento militar na Europa não disparar, nos próximos cinco anos um membro da NATO será atacado pela Rússia.