Guerra Rússia-Ucrânia

Tropas europeias na Ucrânia? Medida não reúne consenso, mas "é uma possibilidade"

Os líderes da União Europeia e do Reino Unido reúnem-se de emergência por causa de uma preocupação máxima com o encontro marcado entre Donald Trump e Vladimir Putin. Já se fala em enviar forças de paz para a Ucrânia. "É uma possibilidade", admite o primeiro-ministro sueco.

Reunião da União Europeia
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Sem lugar na mesa das negociações entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia, os líderes europeus reuniram-se de emergência no Palácio do Eliseu, em Paris, sob a iniciativa de Emmnuel Macron.

Antes da reunião, o Presidente francês confirmou conversas telefónicas separadas com Volodymyr Zelsnzky e Donald Trump. Presentes estiveram os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, António Costa, mais meia dúzia de lideres do continente.

Em campanha eleitoral, o chanceler da Alemanha saiu mais cedo e apelou à manutenção de uma unidade na NATO cada vez mais difícil entre Europa e Estados Unidos.

O vizinho mais próximo do conflito, a Polonia, preferiu salientar uma difícil unidade na Aliança Atlântica.

"Não pode haver lugar para uma escolha: ou a União Europeia ou os Estados Unidos", disse o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

Enviar tropas não reúne consenso

Nova na Aliança Atlântica, a Suécia fez uma das declarações mais enfáticas quanto à possibilidade de colocar botas europeias no terreno. "É uma possibilidade, claro", afirmou o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson.

A mesma convicção tem o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, em vésperas de um encontro para a semana, em Washngton, com Trump.

No espectro oposto, alinhados com a Rússia, estão a Eslováquia ou a Hungria.

Não são esperadas decisões concretas da reunião de Paris, mas com Washington a deixar claro que a Europa vai deixar de contar com proteção dos Estados Unidos, a possibilidade de haver tropas europeias na Ucrânia aumenta o risco de confrontação direta com a Rússia.