Guerra Rússia-Ucrânia

Correspondente SIC

Face à descrença na NATO, Macron quer armas nucleares francesas para defender a Europa

O objetivo do presidente francês é que as armas nucleares francesas consigam dissuadir a Rússia de invadir mais países europeus.

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Emmanuel Macron quer que as armas nucleares francesas possam proteger a Europa, numa altura em que os europeus estão a perder confiança na NATO. Nas últimas sete décadas, a Aliança Atlântica acolheu cada vez mais estados-membros que desejavam a dissuasão nuclear de Washington.

Este foi o momento em que a Suécia, em março do ano passado, abandonou décadas de neutralidade, tornando-se o último país a integrar a NATO. A população sueca sentia a ameaça russa, crescente desde a invasão da Ucrânia.

Integrados na Aliança Atlântica, os suecos sabiam que estavam protegidos pelas armas de destruição maciça dos americanos, que dissuadem ataques a este vasto espaço de 32 países que compõem a NATO, liderada pelos Estados Unidos, um país agora presidido por Donald Trump.

No entanto, os aliados europeus já não têm a certeza de que Washington os protegeria em caso de ataque. Este receio é algo a que Macron quer dar uma resposta. Por isso, veio falar à Europa, esta quarta-feira à noite.

O objetivo de Emmanuel Macron é que as armas nucleares francesas consigam dissuadir a Rússia de invadir mais países europeus.

Mas, ao contrário de Napoleão, o imperador francês do século XIX que invadiu Moscovo e foi forçado a retirar-se devido às elevadas perdas de militares, Macron não quer invadir a Rússia.

Insiste, antes, numa defesa europeia que impeça os russos de invadir a Europa, como fizeram à Ucrânia.