Um dia depois do encontro entre Estados Unidos e Ucrânia, na Arábia Saudita, o Kremlin reagiu com reservas sobre acordo de cessar-fogo aceite pela Ucrânia. O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo já veio dizer que "a posição da Rússia não é formada no estrangeiro através de acordos ou esforços de outras partes". Ao mesmo tempo, pressiona no terreno, atacou Kiev, Odessa e a cidade natal de Volodymyr Zelensky. Estes desenvolvimentos diplomáticos estão em análise do explicador com o coronel Carlos Mendes Dias.
Entretanto, os Estados Unidos descongelaram a ajuda militar e voltaram a partilhar informações dos seus serviços secretos com Kiev. Ao mesmo tempo, tivemos drones ucranianos a serem lançados em território russo, nomeadamente em Moscovo.
"Os norte-americanos sabem muito bem, é por isso que eu desconfio um pouco disto que vem a público, que é muito difícil a parte russa aceitar este cessar-fogo, que diz desde o início que não quer cessar-fogo", sublinha o comentador da SIC.
"A proposta ucraniana, era no sentido da paz no céu, paz no mar, também não contra as infraestruturas energéticas, libertação de prisioneiros de guerra, já houve 60 ao longo do conflito, e a transferência das crianças ucranianas, que terão sido forçadas a ir para a Federação Russa. Diz-se que a sugestão norte-americana até foi mais longe, os 30 dias de cessar-fogo e ao longo de toda a frente", explica Carlos Mendes Dias.
"É isto aceitável para a parte russa? Eu julgo que não, a não ser que haja qualquer coisa por detrás que nós não conheçamos. Porque isto não é aceitável para a parte russa, porque não há benefício nenhum", acrescenta.
Este é um dos temas em análise no habitual explicador do Jornal do Dia, por volta das 13:45, com o coronel Carlos Mendes Dias.