Três dias após o maior ataque a civis desde o início do ano, a Rússia voltou esta terça-feira a bombardear a Ucrânia.
Quatro projéteis atingiram o centro da cidade de Kherson, num ataque que acontece pouco depois de a Rússia ter respondido à visita do secretário-geral da NATO a Odessa com bombardeamento à cidade.
Moscovo rejeita as acusações de provocação e, em contrapartida, acusa a Ucrânia de estar a violar o cessar-fogo parcial através de sucessivos ataques à infraestrutura energética do país. Kiev devolve a acusação.
"Nem sequer passou um mês desde que o acordo (sobre o cessar-fogo energético) foi feito, mas a Rússia já violou este acordo mais de 30 vezes", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Heorhii Tykhyi.
A troca de acusações surge numa altura em que a Ucrânia ainda tenta recuperar do estado de choque em que mergulhou no passado domingo, quando a Rússia lançou, em Sumy, o maior ataque do ano com vítimas civis.
No ataque foram utilizadas bombas de fragmentação, concebidas para maximizar o impacto e a violência da explosão. Mais de 30 pessoas perderam a vida e uma dezena continua em estado crítico.