Guerra Rússia-Ucrânia

"Russos estão a exterminar-nos": Ucrânia bombardeada quando ainda recupera do violento ataque a Sumy

A Rússia bombardeou esta quarta-feira Odessa, horas depois da visita do secretário-geral da NATO e numa altura em que a Ucrânia ainda recupera do violento bombardeamento a Sumy que matou 35 pessoas, o mais mortífero deste ano a população civil.

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Um dia depois da visita do secretário-geral da NATO, a Rússia bombardeou a cidade portuária de Odessa. O ataque, que deixou três pessoas feridas, acontece numa altura em que o país ainda recupera do violento bombardeamento de domingo ao centro de Sumy. Trinta e cinco pessoas perderam a vida, entre elas duas crianças.

Não há palavras que consigam amparar a dor. A filarmónica de Sumy perdeu uma das mais prestigiadas organistas, uma professora de musica que diziam ser brilhante.

"Ela era uma pessoa aberta, uma mulher verdadeira com uma grande alma", afirma Vadym Kohut, marido de Olena.

Olena perdeu a vida a caminho de um ensaio. Está entre as mais de 30 pessoas que morreram este domingo, no bombardeamento à cidade de Sumy, na Ucrânia.

No ataque, foram usadas bombas de fragmentação. São concebidas para aumentar a escala do impacto.

O mais mortífero ataque russo deste ano com população civil deixou ainda quase 130 pessoas feridas. Mais de uma dezena está a lutar pela vida.

"No século XXI, há pessoas que gostam de matar outras pessoas. Estou chocado."

Os ataques não dão tréguas e, nas últimas horas, voltaram a a atingir as cidades de Kherson e também de Odessa, no sul da Ucrânia.

"É o extermínio da nação ucraniana. Os russos estão a exterminar-nos."

O ataque a Odessa foi lançado horas depois da visita à cidade do secretário-geral da NATO.

A Rússia acusou a Ucrânia, esta quarta-feira de manhã, de ter voltado a violar o cessar-fogo parcial à rede energética. Anunciou ainda a captura de mais uma localidade no Donbass.

Sem sinais de que a guerra vá acabar em breve, o Parlamento ucraniano votou por unanimidade a extensão até agosto da lei marcial.