O Kremlin classifica como terrorismo as tentativas de ataque levadas a cabo pela Ucrânia com recurso a drones. Moscovo voltou a ser visada pelo terceiro dia consecutivo. Delegações de 30 países são esperadas para o desfile do Dia da Vitória, na Praça Vermelha, na sexta-feira.
As chegadas a Moscovo dos presidentes da Venezuela, de Cuba e da Mongólia não foram afetadas.
Já as dos líderes da China e do Brasil estavam programadas para o período de 10 horas em que foram suspensas as operações no Aeroporto de Vnukovo, que recebe os voos de Estado e diplomáticos.
As restrições, neste e outros aeroportos da capital, foram impostas na sequência do que as autoridades russas afirmam ter sido um ataque ucraniano em grande escala, com recurso a drones.
Cessar-fogo mantém-se
O cessar-fogo declarado unilateralmente pela Rússia durante as celebrações do Dia da Vitória mantém-se, assegura o Kremlin. Deverá vigorar da meia-noite de 8 de maio à meia-noite de 11 de maio.
A pausa de 72 horas proposta por Putin para garantir condições favoráveis às celebrações na Praça Vermelha foi rejeitada por Zelensky, que exigiu um cessar-fogo de, pelo menos, 30 dias.
Analistas temem operações de falsa bandeira, ações cometidas contra os próprios interesses russos ou convidados estrangeiros para culpabilizar a Ucrânia.
O Kremlin já justificou a imposição de restrições à internet móvel com o que classificou como perigosa vizinhança.
Alguns líderes têm agendados encontros com Vladimir Putin, reforçando a tese de que o presidente russo aproveitou a data para reafiramar alianças, com o chamado sul-global.
Apesar da proposta de trégua, as forças de Moscovo lançaram ataques com mísseis e drones contra a Ucrânia. Em Kiev, pelo menos duas pessoas morreram e perto de uma dezena ficaram feridas.
Drones ucranianos, por seu turno, atacaram várias regiões da Rússia que albergam infraestruturas militares.