Guerra Rússia-Ucrânia

Explicador

Ajuda militar à Ucrânia livre de restrições: chanceler alemão terá dado "um passo demasiado longo"?

Na análise aos últimos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, Manuel Poêjo Torres considera que a posição de Berlim é simples: "A Ucrânia esteve a combater com um braço atrás das costas, está na altura de se poder defender dos ataques às suas infraestruturas, aos seus centros urbanos e às suas infraestruturas civis".

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O Presidente ucraniano diz que há amplas provas de que a Rússia está a preparar novas operações ofensivas. Depois de um fim de semana de ataques massivos, para tentar resistir, Volodymyr Zelensky anunciou um aumento na produção de drones de interceção para conter ataques, utilizando aeronaves de ataque não tripuladas. Manuel Poêjo Torres analisa este e outros temas no explicador do Jornal do Dia.

Outra das resposta da Ucrânia poderá passar pela ajuda militar oferecida pela Alemanha, que está livre de restrições de uso contra território russo.

"Nas últimas horas, ontem, o chanceler Merz dá uma entrevista a um canal alemão e faz um tweet publicando esta frase que explica que a partir de agora caíram todas as restrições geográficas ao uso de armamento militar oferecido pela Alemanha, pela França, pelo Reino Unido e pelos americanos", refere o comentador da SIC, que considera que o chanceler alemão terá dado "um passo demasiado longo".
"Isto é uma novidade porque o chanceler Scholz, na altura que governou a Alemanha e o seu executivo, não queriam abdicar das restrições geográficas ao uso de armamento cedido pela Alemanha à Ucrânia", acrescenta.

Para Poêjo Torres, o que diz Berlim é simples: "A Ucrânia esteve a combater com um braço atrás das costas, está na altura de se poder defender dos ataques às suas infraestruturas, aos seus centros urbanos e às suas infraestruturas civis".

Esta é uma forma de permitir à Ucrânia ter também aqui uma posição de força naquilo que serão as próximas negociações porque não pode ser apenas a Rússia a ditar os termos da negociação, (...) é preciso oferecer à Ucrânia uma posição de força para que no momento da negociação e quando demos oportunidade à paz, possa negociar de igual para igual".

Temas em análise no habitual explicador do Jornal do Dia, por volta das 13:45.