Guerra Rússia-Ucrânia

"O fim não está para breve": russos e ucranianos pessimistas quanto a um possível acordo de paz

Um dia depois das negociações diretas entre representantes da Rússia e da Ucrânia em Istambul, russos e ucranianos manifestam pouco ou nenhum otimismo nas respetivas capitais.

Memorial dos Caídos na Praça da Independência (Maidan), antes de uma reunião de líderes europeus na capital ucraniana, em Kiev, Ucrânia, a 10 de maio de 2025.
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Na praça Maidan, a da Independência em Kiev, junto ao memorial dos heróis caídos em mais de três anos de guerra na Ucrânia, não há ilusões quanto às perspetivas de paz a curto prazo.

A proposta russa entregue em Istambul na véspera exige à Ucrânia total neutralidade, o reconhecimento da Crimeia ocupada, a retirada das quatro províncias que a Rússia alega pertencerem-lhe — linhas vermelhas que Kiev dificilmente ultrapassará.

Os únicos princípios de acordo surgiram na troca de prisioneiros e na devolução de crianças que a Ucrânia alega terem sido raptadas.

O assunto tem carta branca para passar na televisão russa. Porta-voz do Kremlin admite que ainda não chegou a altura para um encontro de paz ao mais alto nível.

Nas ruas de Moscovo, a esperança quanto ao fim da guerra permanece longínqua. As conversações entre os dois países deverão continuar no final de junho, em Istambul.