Guerra Rússia-Ucrânia

Vladimir Putin chama "Estado terrorista" à Ucrânia e avisa Donald Trump que vai retaliar contra Kiev

Vladimir Putin disse a Donald Trump que é inevitável lançar uma retaliação contra a Ucrânia, depois do maior ataque ucraniano em solo russo desde o início da guerra. O presidente russo acusa a Ucrânia de ser um Estado terrorista e de contar com o apoio dos países ocidentais para atingir civis no seu território. Já Volodymyr Zelensky voltou a propor um cessar-fogo.

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Ao mesmo tempo que a Rússia confirmava a recusa ucraniana de uma trégua de curta duração, Volodymyr Zelensky fazia saber que, a partir da próxima semana, está pronto para o encontro com Vladimir Putin e Donald Trump, e fez à Rússia uma contraproposta.

Mas Putin não está para paragens na guerra. Vários dias depois do maior ataque ucraniano em território russo desde o início do conflito — que, segundo Moscovo, terá provocado a morte a sete pessoas e ferido mais de 115 — Putin chamou à Ucrânia um Estado terrorista. A porta-voz da diplomacia russa acabou por dizer aquilo que Putin evitou.

A Ucrânia continua a revelar imagens do ataque com drones, que terão neutralizado um terço das capacidades aéreas russas ao nível do transporte de mísseis de longo curso. Ainda assim, não conseguiram evitar os repetidos e diários ataques russos em território ucraniano.

Surgem até novos receios de uma nova ofensiva em larga escala na região de Sumy, no nordeste da Ucrânia. Putin, aliás, alertou Donald Trump, numa conversa telefónica, de que os ataques ucranianos não poderão passar sem retaliação.

O enviado norte-americano para o conflito já tinha lançado o tom da resposta.

Entretanto, a Ucrânia foi novamente convidada para estar presente na próxima cimeira da NATO, em Haia. Vários parceiros europeus, como o Reino Unido ou a Alemanha, prometeram aumentar o apoio militar a Kiev, e a União Europeia vai estender a proteção temporária aos refugiados ucranianos até março de 2027.