A Comissão Europeia pôs em cima da mesa o 18º pacote de sanções à Rússia, centrado nos bancos e no petróleo. Os principais alvos são o petróleo e os bancos russos. O objetivo é manter a pressão para sentar Putin à mesa das negociações e aceitar desde logo um cessar-fogo incondicional.
Vladimir Putin não recua nem se senta à mesa das negociações e Bruxelas volta a carregar nas sanções para cortar o financiamento da máquina de guerra russa.
"As exportações de petróleo continuam a representar um terço das receitas do Estado russo. Temos de reduzir esta fonte de receitas", afirma Ursula Von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
A proposta quer fazer descer o preço do petróleo russo numa medida que só avança se for acordada com as economias mais ricas do mundo.
A próxima reunião do G7 arranca no domingo no Canadá, numa alinhamento que se quer também com os Estados Unidos.
O outro alvo, do 18 pacote de sanções, é a banca russa. Bruxelas quer atingir a capacidade de se financiar e transformar a atual proibição de acesso ao sistema de pagamentos SWIFT numa proibição total de transações alargando-a a mais 22 bancos russos.
"Estamos a reiterar o apelo a um cessar-fogo total e incondicional de pelo menos 30 dias."
Bruxelas quer ainda proibir a utilização dos gasodutos Nord stream 1 e 2, que ligam a Rússia à Alemanha.
Atualmente, não estão a ser utilizados mas comissão quer garantir que não voltam a ser. Aumenta também as proibições de exportações de mais de 2,5 mil milhões de euros para privar a economia e a máquina de guerra russa de tecnologias e bens industriais.