Guerra Rússia-Ucrânia

Lugansk poderá ser a primeira região ucraniana totalmente controlada pela Rússia desde 2014

A Rússia reivindica controlo total de Lugansk, o que, a confirmar-se, será a primeira região ucraniana a ficar totalmente sob o controlo das forças russas desde que Moscovo anexou a península da Crimeia, em 2014. Ao mesmo tempo, a Ucrânia bombardeia uma fábrica de armas russa. O ataque provocou vários mortos e feridos.

O mapa da Ucrânia é a primeira página do diário do artilheiro responsável pelas coordenadas e contagem de tiros na direção de Luhansk, no leste da Ucrânia, a 18 de outubro de 2024.
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Os drones ucranianos atingiram uma fábrica russa de “sistemas de defesa antiaérea” e “drones” para o exército russo. O ataque ocorreu esta terça-feira, em Izhevsk, a mais de mil quilómetros da fronteira entre a Ucrânia e a Rússia.

Trata-se de uma cidade com pouco mais de 600 mil habitantes, localizada a cerca de 1.000 quilómetros a leste de Moscovo. Do lado russo, há a afirmação do controlo total de Lugansk, no leste da Ucrânia.

A Rússia já nomeou um oficial russo como chefe da região. A confirmar-se, será a primeira região ucraniana a ficar totalmente sob o controlo das forças de Moscovo desde que a Rússia anexou a península da Crimeia, em 2014.

Outra região, novos ataques: Donetsk, anexada pela Rússia desde 2022, depois de um referendo contestado por Kiev e pelo Ocidente, foi alvo de mísseis ucranianos durante a noite de segunda-feira.

O dia trouxe luz à destruição e à reconstrução, pelo menos num mercado que foi atingido. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas. No “diz-que-disse” próprio dos conflitos armados, esta terça-feira, destacam-se as acusações de um alto funcionário dos Estados Unidos à Rússia, afirmando que o país está a prolongar o conflito na Ucrânia enquanto continua a atacar civis.

A Rússia garante não ter qualquer vontade de atrasar as negociações com a Ucrânia. Moscovo afirma querer alcançar os objetivos da “operação militar especial”. Antes, quem tinha acusado Kiev e Washington de atrasar eventuais progressos foi o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Na Ucrânia, o presidente pediu ao parlamento que ratifique o acordo entre o país e o Conselho da Europa para a criação de um Tribunal Especial para o Crime de Agressão Russa contra a Ucrânia. Volodymyr Zelensky apelou para que a Rússia sinta, ainda este ano, que “a responsabilização pelo crime de agressão é inevitável”.