Um grupo de jovens portugueses esteve em Lviv, na Ucrânia, para um intercâmbio de cinco dias. Um dos temas mais discutidos a seguir à guerra foi a integração da Ucrânia à União Europeia. O processo está a decorrer e ainda pode demorar algum tempo.
Os avós vivam na Moldávia, a 20 quilómetros da fronteira com a Ucrânia. Costumam ir várias vezes ao país vizinho, mas Ana Sufrai não tem memória disso. Tem 25 anos e foi uma das escolhidas para o intercâmbio de cinco dias organizado pela agência Erasmus+, pela representação da comissão europeia em Portugal e pela câmara de Lviv.
"Tem sido uma viagem que tem envolvido imensas emoções. Temos tido um horário muito preenchido. Todos nós vamos ter de racionalizar um bocadinho tudo o que tem acontecido."
Identifica como um dos pontos altos da viagem a partilha de histórias entre portugueses e ucranianos.
Em Lviv, tem sido feita a ligação entre dois extremos da Europa - Portugal e a Ucrânia. De um lado os jovens portugueses que já nasceram membros da comissão europeia, do outro jovens ucranianos que sonham um dia fazer parte dela.
O processo de integração da Ucrânia está a fazer caminho, mas ainda pode demorar muito tempo.
"Ainda ninguém sabe, mas para nós é muito importante cumprir todos os critérios e estamos preparados para fazê-lo. Mesmo durante a invasão de larga escala investimos em continuar a reformar o nosso país e reformá-lo de acordo com as regras europeias e os princípios europeus", afirma Maryna Mykhailenko, embaixadora da Ucrânia em Portugal.
Há mais de um ano que a Comissão Europeia e a Ucrânia estão em negociações para a integração do país.
Ao mesmo tempo, o Governo vai fazendo reformas no sistema judicial, no combate ao branqueamento de capitais e no aumento da proteção às minorias, algumas das exigências europeias.