Incêndios em Portugal

"Não estavam a fazer nada e negaram-se a ajudar": dono de turismo rural critica bombeiros

O turismo rural "Teima", em São Teotónio, ficou parcialmente reduzido a cinzas. Paulo Camacho, o proprietário, garante que pediu ajuda aos bombeiros, durante várias horas, mas sem sucesso.

Bombeiros combatem incêndio.
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Os donos do turismo rural que foi destruído pelo incêndio de Odemira acusam a Proteção Civil de ignorar os pedidos de ajuda. O monte alentejano ardeu durante quatro horas sem qualquer intervenção dos bombeiros.

Chamaram-lhe “Teima” pela teimosia que os levou a erguer o turismo rural, às portas de São Teotónio. O acesso dos quartos à zona exterior estava de pé há dois dias, mas agora está totalmente destruído.

A casa principal está também reduzida a uma estrutura carbonizada. Paulo Camacho, proprietário do turismo rural, revela que não foi auxiliado pelos bombeiros durante quatro horas.

Fogo destruiu várias infraestruturas

Dos sete hectares e meio, praticamente só uma pequena área área ficou intacta. Para além da casa principal, o fogo destruiu o 'deck' junto à piscina, o parque de estacionamento, as instalações dos animais e um conjunto de painéis solares.

Ficou reduzida a cinzas grande parte do projeto de turismo que o antigo jornalista da SIC, Paulo Camacho, pôs de pé num terreno que esteve abandonado durante 15 anos.

Situado em Vale Juncal, a seis quilómetros de São Teotónio e a 10 da Zambujeira do Mar, o turismo rural foi atingido pelo incêndio de Odemira
às 16:00 de segunda-feira.

O primeiro pedido de ajuda foi feito a essa hora, já os hóspedes tinham sido retirados. A segunda chamada foi às 18:00, mas só às 20:00 é que chegaram os primeiros bombeiros.

“Nós pedimos ajuda e foi-nos negada"

“Nós pedimos ajuda e foi-nos negada essa ajuda. Não foi porque estavam ocupados a fazer outra coisa, a defender outras pessoas, a defender outros bens. Não, não estavam a fazer nada e negaram-se a ajudar. É indesculpável e inexplicável”, lamenta.

Dois dias depois do fogo ainda não há água, uma vez que a canalização ardeu. A eletricidade já chegou à zona, mas ainda não a este terreno.