Miguel Albuquerque está a ser alvo de muitas críticas por parte da oposição, que quer ver o Governo regional a tirar consequências políticas do incêndio que começou na passada quarta-feira. O Chega, que suporta o Governo no Parlamento regional, quer ver os responsáveis políticos a colocarem o lugar à disposição.
O incêndio dos últimos dias está a pôr em causa a já frágil sustentação do Governo madeirense.
Miguel Albuquerque esteve a ouvir críticas até chegar ao terreno no sábado e assumir para si a gestão política do fogo que começou na quarta-feira.
"Com condições atmosféricas muito intensas não temos, até ao momento, nenhuma vítima, não temos danos materiais avultados a lamentar, não temos nenhuma perda de habitação. Onde é que a gente está a errar? Qual é a estratégia da proteção civil que está a falhar?", afirma.
Os socialistas Madeirenses têm liderado as críticas à atuação do Governo regional e já se preparam para pedir responsabilidades.
O Chega é um dos partidos fundamentais ao suporte do Governo regional. E já está a fazer deste incêndio um caso político que pode fazer tremer Miguel Albuquerque.
A gestão dos meios é a grande pedra no sapato do Governo regional. Até sábado a meio da tarde, o Governo recusou todas as ajudas que podiam vir do exterior. O Governo central tinha disponibilizado meios e o Governo Regional dos Açores também.
Aos jornalistas, o secretário do Governo Regional com a pasta da Proteção Civil chegou a dizer que a Madeira não precisava de ajuda porque os meios locais ainda estavam longe de ser esgotados.
À agência Lusa, uma fonte do Governo também disse que sozinha a região era capaz de resolver o problema.
Miguel Albuquerque nega que alguma vez tenha dispensado os apoios e atira-se aos críticos.
Para já, Miguel Albuquerque vai gerindo a situação no terreno. As contas da política fazem-se depois.