Incêndios em Portugal

Incêndio na Madeira: chamas ameaçam habitações na Ponta do Sol

Contrariamente ao que foi anunciado por Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, a situação na Ponta do Sol continua "bastante complicada".

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O incêndio que assola a ilha da Madeira há mais de uma semana aproxima-se de várias habitações na Lombada, na freguesia da Ponta do Sol.

Catarina Terroso, jornalista da SIC que se encontra no local, informa que vários operacionais combatem as chamas que estão, "efetivamente, perto de casas" e que ameaçam também uma herdade com animais, de acordo com as informações transmitidas à SIC por um morador.

A jornalista revela que o incêndio lavra num local de difícil acesso, o que dificulta o trabalho dos bombeiros, que são obrigados a fazer a aproximação às chamas por locais alternativos.

Um veículo está estacionado, de prevenção, desde o final da manhã, junto à casa que se encontra mais em risco, caso seja necessário retirar os moradores.

As populações continuam a ter um papel fundamental no apoio ao operacionais, principalmente em zonas de difícil acesso.

Contrariamente ao que foi anunciado por Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, a situação na Ponta do Sol continua "bastante complicada".

Miguel Albuquerque disse esta sexta-feira que, na zona da Lombada, tinham sido efetuadas de manhã descargas de água "para arrefecer a zona, para não haver reacendimentos, não havendo, por isso, focos ativos.

Moradores criticam Governo Regional

As críticas ao Executivo insular adensam-se com muitos moradores a queixarem-se da falta de apoio.

À SIC chegaram já críticas que apontam que o Governo da Madeira tem partilhado informações erradas e contraditórias sobre o incêndio que está ativo há 10 dias.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. Entretanto, vários focos foram sendo extintos.

As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos. ´

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais. Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.002 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas Miguel Albuquerque disse tratar-se de fogo posto.