Incêndios em Portugal

Os incêndios vistos pela lupa das redes sociais

Milhares de portugueses estão a ser testemunhas da vaga de fogos que consome o Norte e o Centro do país. Através das redes sociais, estão a partilhar, a alertar, ou até a pedir ajuda, com a publicação e troca de vídeos sobre as situações que estão a ver, tantas vezes perto demais.

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Desespero. É o efeito imediato da proximidade do fogo. Com a ameaça sobre vidas construídas a muito custo, muitos tentam travar o fogo com as próprias mãos, em dias que parecem noites. Em estradas que não o parecem - e que à memória trazem os que não escaparam de Pedrógão.

Os bombeiros são os mais qualificados para a primeira resposta à fúria do fogo. Mas também eles ficam em choque com a violência destes dias em que o calor e o vento alimentam em demasia as chamas, que tantos desconfiam terem origem maliciosa.

O combate aéreo é o mais desejado pelo dilúvio de alívio que traz às frentes de fogo, que avançam sem resistência, num território que muitos dizem não estar limpo ou preparado para resistir a tal calamidade.

É, de resto, lá do alto que um piloto comercial mostra a extensão dos fogos que são tantos que, de cima, parecem só um gigantesco.

Com os olhos no céu e os pés na terra, os portugueses partilham os testemunhos individuais deste problema coletivo.

A dezenas e centenas de quilómetros dos incêndios, o ar está irrespirável e a visão comprometida por um manto de fumo que a todos afeta. E que para todos é incompreensível.