É uma vasta área de mais de três mil hectares de mato e floresta por onde o fogo já passou, mas que é necessário vigiar nestes próximos dias.
Com um perímetro superior a 60 quilómetros, entre os concelhos de Vila Real e Mondim de Basto, a mancha queimada, que ainda conserva alguns pontos quentes, requer um dispositivo musculado de centenas de operacionais.
Este trabalho de rescaldo consiste em garantir que nenhuma incandescência provoque um reacendimento. O trabalho de consolidação da extinção das chamas, não se faz apenas com equipas apeadas.
Para arrefecer pequenos focos, ou pontos quentes, em zonas de pior acesso, nas escarpas e encostas muito inclinadas, o apoio dos meios aéreos tem sido fundamental no caso deste incêndio que serpenteia quase toda a serra do Alvão.
O incêndio de Vila Real, que se estendeu ao concelho vizinho de Mondim de Basto, esteve em curso durante quase quatro dias. Saltou de aldeia em aldeia, ameaçou casas e populações, mas os maiores prejuízos fazem-se sentir na natureza.
O coração do parque natural do Alvão foi atingido pelas chamas. Parte da fauna e flora ficou destruída. A sua regeneração pode demorar mais de uma década.