Mais de 200 operacionais combatem o incêndio que lavra em Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real, sendo este o que mobiliza mais meios e o que mais preocupa as autoridades.
O fogo, que chegou a ter quatro frentes ativas na Serra do Alvão, foi alimentado por fortes rajadas de vento. Esta serra, com mais de 30 quilómetros, abriga muitos animais e atravessa os concelhos de Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Vila Real e Mondim de Basto.
A encosta íngreme dificultava os acessos, com algumas estradas encerradas, tornando possível combater as chamas apenas a partir de pontos mais elevados.
As chamas, impulsionadas por temperaturas acima dos 30 graus, consumiam rapidamente a vegetação, sobretudo mato. A população local, especialmente nas aldeias de Lamas e Favais, as mais próximas do incêndio, temia que o fogo se alastrasse às suas habitações.
Manuel e Manuela, proprietários de 64 cabeças de gado, colaboravam com um trator para ajudar no combate às chamas.
A meio da tarde, foi necessário reforçar o efetivo, com mais de 200 operacionais, 72 viaturas e nove aeronaves a trabalhar para controlar o avanço do incêndio. A rotação do vento dificultava ainda mais os esforços.
Este era o incêndio que mais preocupava, entre os quase 90 que lavravam em todo o país, mobilizando pelo menos 1.600 operacionais. Em Almofala, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, distrito da Guarda, o fogo parecia controlado ao final de quinta-feira, mas voltou a intensificar-se.
Para combater as chamas em Almofala, foram acionados oito meios aéreos. Um dos aviões, um Canadair, sofreu uma avaria no motor e foi obrigado a realizar uma aterragem forçada.
Felizmente, não houve feridos nem danos significativos, apenas problemas mecânicos, evidentes na mancha de óleo deixada no aeródromo de Castelo Branco.