Incêndios em Portugal

Mandatário do Chega detido por atear fogos já estava na mira das autoridades por crimes semelhantes

O mandatário do Chega à Câmara de Vendas Novas foi detido ontem, pela GNR, em flagrante, a atear um incêndio na região de Montemor. O homem é suspeito de outros crimes semelhantes que, aliás, motivaram uma operação de vigilância por parte das autoridades.

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Nas últimas autárquicas, quando foi cabeça de lista à Câmara de Vendas Novas pelo Chega, Marco Silva, agora com 43 anos, não passou dos 3%. Para estas eleições, é o mandatário de Jorge Alcobia.

Foi detido na quinta-feira em flagrante, a atear um incêndio com um isqueiro na região de Montemor, ouvido no DIAP de Évora e fica obrigado a apresentações diárias, impedido de frequentar espaços florestais e de comprar material que potencie incêndio.

Terá agido por vingança

Marco, o mandatário agora detido, estava na mira das autoridades. Um número incomum de focos de incêndio próximos das Cortiçadas de Lavre, sempre de noite, espoletaram um dispositivo de vigilância que conduziu à detenção em flagrante e à apreensão do isqueiro, um frasco de álcool e vários jornais antigos. Terá agido por vingança. Foi despedido de uma herdade onde trabalhava como segurança, isto perto das zonas queimadas.

O homem que no Chega dizem estar distante do processo autárquico e político, a 15 de agosto, elogiara numa publicação nas redes sociais como atitudes que marcam a diferença a entrega dos deputados do Chega dos aumentos de setembro às vítimas dos incêndios.

Apesar desta tão rápida expulsão e das públicas posições sobre incendiários, o partido ainda pondera manter Marco Silva como mandatário em Vendas Novas. Aqui, a rapidez parece não ser tão necessária.