Incêndios em Portugal

Depois da destruição: turismo na zona centro tenta reerguer-se nas áreas atingidas pelos incêndios

A falta de turistas na zona centro, depois dos incêndios de agosto, teve um pesado impacto económico. Mas há esperança de que muitos possam regressar já que a região tem muito para oferecer, apesar da destruição.

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Após 11 dias de incêndio, grande parte da Serra do açor ficou vestida de negro. Uma ferida aberta, que a natureza com o tempo, irá sarar. Mas até lá, serão dias de luta para quem aqui vive.

No Piódão, onde o incêndio começou em plena época alta de visitas, lentamente os turistas começaram a regressar. Mesmo sem o verde, espaços como a icónica igreja de nossa senhora da Conceição, fazem por cativar um fluxo de gente até aqui, fundamental para a economia da zona. 

E bem perto, em Chãs d'égua, há mais para ver e descobrir. Ainda que o caminho relembre a violência do fogo. Por toda a zona foram até ao momento identificadas cerca de três centenas de figuras gravadas na pedra.

Pelas muitas aldeias que pontuam as encostas, existe a memória de muitas dificuldades vividas ao longo de muitas eras. E partilha-se esse saber com os que querem encontrar as gentes e a cultura que germinou das mãos de quem nasceu nestes territórios.

Mas também há futuro por aqui. O fogo na Serra da Lousã, outro que atingiu a região, chegou à Aigra Nova. Mas conseguiu-se salvar a maternidade de árvores. Milhares de árvores autóctones saíram daqui nos últimos anos. Espécies como o carvalho-alvarinho, castanheiro ou o freixo são cuidadas da semente até ao regresso à floresta. 

Com apoios institucionais, mas também particulares. O plano agora é que a partir de outubro, se comece a vestir novamente de verde a serra da Lousã.