O preço de construção do altar-palco e do orçamento para reabilitação do Parque Urbano Tejo-Trancão tem gerado polémica. Só a estrutura do palco irá custar à Câmara de Lisboa mais de quatro milhões de euros. Marcelo Rebelo de Sousa diz que, a seu tempo, os valores serão comunicados aos portugueses. Para já, foca-se na importância que o evento irá ter para o país – comparando-o com a Web Summit.
“As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) são importantes porque é uma ocasião única de reunir milhões de pessoas que vêm de vários pontos o mundo, sobretudo pessoas que normalmente não faria partes daqueles que por turismo viriam a Portugal.”
Sobre os valores que foram divulgados para a construção do altar-palco e do Parque Urbano Tejo-Trancão, o Presidente lembra que o Estado reservou “um montante muito superior” ao anunciado no Orçamento do Estado de 2023 destinado à realização das JMM, "a pensar naquilo que poderia ser a importância [do evento] para o país”.
“Penso que há de chegar uma altura em que será explicado como será o conjunto de despesas que correm, uma parte, pela igreja católica, outra parte, pelas autarquias de Lisboa e Loures, Ourém – se o Papa for a Fátima – e aquilo que compete ao Estado pagar”, afirma.
Marcelo espera que a preparação do evento “corresponda ao que é o pensamento do Papa”.
“O que eu penso é que a solução que seja encontrada no final – e ainda estamos longe do final – há de tentar, por um lado, tirar proveito do que é interesse nacional; por outro lado, respeitar o período em que nos encontramos e respeitar a própria maneira de ser do Papa. É um papa que é contrário ao que seja espaventoso. Há de ser encontrada uma solução que seja simples”, prossegue o Chefe de Estado.