O PS chumbou esta quarta-feira a audição de Carlos Moedas, Fernando Medina e Sá Fernandes, pedida pela Iniciativa Liberal, no âmbito dos polémicos custos da Jornada Mundial da Juventude.
No requerimento, datado de 1 de fevereiro, a Iniciativa Liberal lamentava a falta de “recato com o dinheiro dos contribuintes”, razão que justificou o pedido de audição do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, do ministro das Finanças e anterior autarca de Lisboa, Fernando Medina, e do coordenador do Grupo de Projeto para a JMJ, José Sá Fernandes.
“Notícias recentes evidenciam que não houve esse recato com o dinheiro dos contribuintes, sendo pouco compreensível que se esteja a discutir a meio ano da realização do evento em que palco ou palcos se irá celebrar o mesmo”, lia-se na nota da Iniciativa Liberal.
O partido pretendia, com estas audições, que os três intervenientes no processo tivessem “oportunidade de clarificar” a cronologia da organização da JMJ 2023.
“O evento da Jornada Mundial da Juventude foi atribuído a Lisboa decorria ainda o ano de 2019. A jornada, que se deveria ter realizado em 2022, foi adiada para 2023 devido à pandemia de covid-19. Seria, por isso, expectável que as entidades envolvidas na sua organização tivessem tido tempo suficiente para organizar este evento com a maior previsibilidade e com os menores custos financeiros possíveis”, defende a IL.
As audições de Moedas, Medina e Sá Fernandes foram, no entanto, chumbadas pelo PS.
A JMJ 2023 terá um custo estimado de 161 milhões de euros, dos quais 30 milhões serão suportados pelo Estado.
A Jornada Mundial da Juventude é o maior encontro de jovens católicos de todo o mundo com o Papa, que acontece a cada dois ou três anos, entre julho e agosto. Este ano realiza-se em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.