O Papa Francisco disse este domingo que Lisboa, que acolheu a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), fica na memória dos jovens como casa da fraternidade e cidade dos sonhos, e agradeceu o trabalho para a concretização do evento, com "obrigado".
No final da oração do Angelus, na missa com que encerrou a JMJ, no Parque Tejo, em Lisboa, Francisco começou por agradecer ao cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, e, nele, "à Igreja e a todo o povo português".
"Obrigado ao senhor Presidente [da República, Marcelo Rebelo de Sousa] , que nos acompanhou nos eventos destes dias, às instituições nacionais e locais pelo apoio e assistência que nos têm dado, aos bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e leigos", prosseguiu.
Depois, agradeceu a Lisboa, dizendo que "vais ficar na memória destes jovens como a casa de fraternidade e a cidade de sonhos". O Papa dirigiu também um "obrigado aos voluntários", pelo “seu grande serviço”.
"Um agradecimento especial a quem velou pela JMJ, os santos patronos do evento", disse, destacando João Paulo II (1920-2025, que deu vida à Jornadas Mundial da Juventude, destacou. No final, dirigiu um "obrigado" aos jovens.
"Deus vê todo o bem que sois, só Ele conhece o que semeou nos vossos corações. Hoje vão partir daqui com aquilo que Deus semeou nos vossos corações", referiu, pedindo para que fixem "na mente e no coração os momentos mais belos", para quando tiverem "momentos de cansaço e desânimo" e, talvez, a tentação de parar no caminho ou de vos fechar em si mesmos, "reavivar as experiências e a graça destes dias".
O sonho da paz e a "grande dor" na Ucrânia
O Papa Francisco declarou ainda ter o sonho da paz e lembrou também os jovens que não puderam participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, devido a conflitos, assumindo "grande dor" pela Ucrânia.
"Em particular, acompanhemos com o pensamento e a oração aqueles que não puderam vir por causa de conflitos e de guerras. E são tantos por esse mundo fora. Pensando neste continente, sinto grande dor pela querida Ucrânia, que continua a sofrer muito", afirmou Francisco, no final da oração do Angelus, no Parque Tejo.
Aos jovens que não puderam estar, "mas que participaram em iniciativas organizadas nos seus países pelas respetivas conferências episcopais e pelas dioceses", o Papa dirigiu um agradecimento, exemplificando com os "irmãos e irmãs subsarianos, reunidos em Tânger".
Depois, assumindo-se como idoso - o Papa tem 86 anos - partilhou com os presentes o seu "sonho da paz, o sonho de jovens que rezam pela paz, vivem em paz e constroem um futuro de paz".
"Através da oração do Angelus, coloquemos nas mãos de Maria, Rainha da Paz, o futuro da humanidade. E ao voltardes para casa continuai, por favor, a rezar pela paz", pediu, agradecendo aos avós que "transmitiram a fé, o horizonte de uma vida" e que são as raízes