Jornada Mundial da Juventude

JMJ: milhares de peregrinos (ainda) não regressaram a casa

Quando foram dados como desaparecimentos mais de 190 peregrinos, as autoridades já admitiam a possibilidade da JMJ servir de porta de entrada para a imigração irregular.

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Muitos peregrinos que entraram em Portugal para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e não regressaram aos países de origem. As autoridades não têm números, mas podem ser milhares.

Na véspera do arranque oficial da jornada já soavam os primeiros sinais de alerta do que chamaram de “incidente” quando foram dados como desaparecidos 195 peregrinos, 27 de Angola e 168 de Cabo Verde.

Eram esperados para os Dias da Diocese, em Leiria-Fátima e nunca apareceram. Terão entrado em Portugal com visto de curta duração para a JMJ que lhes validava a livre circulação no espaço Schengen por 30 dias.

Na altura, as autoridades já admitiam a possibilidade do grande evento religioso servir de porta de entrada para a imigração irregular, uma vez que com visto válido passaram sem qualquer obstáculo ou motivo de suspeita pelo controlo de fronteiras que decorreu entre 22 de julho e 7 de agosto.

Contatado pela SIC o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) explica que os casos sinalizados não foram considerados uma ameaça que justifique medidas de localização e controlo. O serviço adianta, ainda, que se forem identificados cidadãos estrangeiros em situação irregular será adotado o procedimento previsto na lei, que os obriga a abandonar o país no prazo de 10 a 20 dias.