Na contagem decrescente para os Jogos Olímpicos, há ruas no centro de Paris que estão desertas por causa do dispositivo de segurança montado para o efeito. As medidas incomodam alguns moradores, que falam um "confinamento olímpico" semelhante ao da pandemia.
Da catedral de Notre-Dame à Torre Eiffel reina o silêncio e o vazio. As ruas estão desertas.
É um verdadeiro sentimento de déjà-vu para muitos parisienses, que falam mesmo em "confinamento olímpico", dado que só há memória de as ruas junto à Torre Eiffel terem estado tão vazias durante a pandemia de covid-19.
Ao longo de seis quilómetros do rio Sena, onde vai decorrer a cerimónia de abertura, as autoridades só deixam entrar praticamente moradores e quem ali trabalha.
Guia sobre os Jogos Olímpicos de Paris
É um perímetro de alta segurança antiterrorismo, delimitado por mais de 40.000 grades, que desilude os turistas, que estão impedidos de aceder a determinadas zonas da capital francesa.
Sem turistas há estabelecimentos que decidiram fechar portas. Veem-se restaurantes encerrados com as cadeiras empilhadas enquanto outros permanecem abertos, mas sem clientes.
Esta é uma cidade blindada face à ameaça terrorista. Quarenta mil agentes de autoridade e militares estão já nas ruas, afinal será na sexta-feira que, pela primeira vez na História, uma cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos acontecerá fora de um estádio, a céu aberto, no rio Sena.