Jogos Olímpicos

Pichardo ganha a prata e torna-se um dos maiores medalhistas de Portugal

Faltou muito pouco - mais concretamente três centímetros - para ser ouro e bicampeão olímpico, mas a medalha de prata já coloca Pedro Pablo Pichardo num lugar muito especial na história do desporto nacional.

Depois de subir ao lugar mais alto do pódio em Tóquio, Pedro Pablo Pichardo voltou aos Jogos Olímpicos para fazer história em Paris. Faltou muito pouco - mais concretamente três centímetros - para ser ouro e bicampeão olímpico, mas a medalha de prata já o coloca num seleto grupo de atletas portugueses.

Junta-se aos maiores medalhistas olímpicos do país - Luís Mena e Silva (hipismo), Carlos Lopes e Rosa Mota (maratona), Fernando Ribeiro (10.000 metros) e Fernando Pimenta (canoagem) - todos com duas medalhas.

Recordista português na modalidade, Pichardo já se tinha apurado para as finais com o melhor tempo da competição e, esta sexta-feira, voltou a saltar em grande nível.

Logo à primeira tentativa, alcançou a marca de 17.79 metros. Apesar de ter melhorado no segundo salto (17.84), continuava a dois centímetros de Jordan Díaz, atual campeão europeu, que, assim como Pichardo, também nasceu em Cuba.

Antes mesmo de começar a final no Stade de France, marcada por uma forte chuva esta sexta-feira, a sensação era que o pódio estava assegurado, restando saber qual a cor da medalha, face à confiança e serenidade transmitida pelo atleta português.

Porém, a vontade de subir o mais rápido possível para a liderança terá tramado Pichardo, que pisou a tábua de lançamento e fez nulo no terceiro salto.

Depois de um quarto salto abaixo do expectável, o luso-cubano abdicou da quinta tentativa, numa decisão tática arriscada, com o objetivo de preservar o corpo para um último e decisivo esforço.

Fez um bom salto (17.81), mas não chegou destronar o principal rival, ficando a apenas três centímetros de superar o novo campeão, Jordan Díaz. O italiano Andy Díaz, também nascido em Cuba, ganhou o bronze.

Pichardo pondera terminar carreira: “Governo só olha para o futebol”

O vice-campeão olímpico do triplo salto assumiu que tem pensado aposentar-se a partir de agora, reconhecendo que os últimos anos têm sido complicados devido a problemas com o Benfica e à falta de apoio do Governo.

"Tenho perdido aquela emoção, aquela felicidade que tinha pelo desporto e tenho vindo a pensar em aposentar-me a partir de hoje. (…) Os últimos anos têm sido complicados, [com] problemas no clube também. Infelizmente, lá em Portugal, não temos apoio das instituições. O Governo também só olha para o futebol. Nós somos atletas que temos que estar aqui, mas não temos apoio nenhum", criticou.

Depois de Iuri Leitão e Patrícia Sampaio, Pichardo conquistou a terceira medalha para Portugal nos Jogos Olímpicos.

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