Foi em grande euforia que Iúri Leitão e Rui Oliveira foram recebidos, esta segunda-feira, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Os dois heróis olímpicos nacionais estão de regresso a Portugal depois de terem conquistado a medalha de ouro na modalidade de ciclismo de pista nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Foi com sorrisos e emoções à flor da pele que Iúri Leitão e Rui Oliveira encararam a imensa multidão que os esperava no aeroporto. Entre amigos, familiares e admiradores, todos quiseram festejar o resultado histórico a nível nacional que os dois atletas conseguiram alcançar na competição olímpica deste ano.
Esperam agora que esta vitória represente um ponto de viragem para o desporto a nível nacional.
"É a maior vitória que o ciclismo já teve na história do ciclismo. Nunca chegamos tão alto, especialmente nos Jogos Olímpicos. Acho que isto vai ser uma catapulta muito boa para nós e para o nosso desporto", disse Iúri Leitão, o primeiro português a conseguir duas medalhas na mesma edição dos Jogos Olímpicos.
"Há duas semanas estivemos aqui [aeroporto], isto estava praticamente vazio. Íamos com um sonho, da estreia olímpica, estreia na pista e a verdade é que vir com a medalha de ouro, a corrida mais importante na história do ciclismo, não podíamos pedir momento mais bonito do que este", acrescentou Rui Oliveira.
Planos para o futuro? "Não sei o que vai acontecer, mas temos que desfrutar deste momento"
O futuro não parece ser uma preocupação para Iúri Leitão e Rui Oliveira que preferem focar no presente e desfrutar do título de campeões olímpicos. Pedem apenas aos portugueses que não se esqueçam do ciclismo de pista nem das outras modalidades que representaram Portugal nos Jogos Olímpicos de Paris de 2024.
Rui Oliveira recorda ainda que em outubro se realiza o Campeonato Mundial de Ciclismo em Pista e que o apoio dos portugueses continua a ser fundamental.
"Espero que isto seja um pequeno passo que nós tenhamos atingido para começarem abrir outros desportos, não só o ciclismo de pista mas todas as outras modalidades que merecem todo o sucesso", referiu Rui Oliveira.
"Foi um balde de água fria muito grande"
A morte de presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, marcou o dia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris.
"Estávamos num momento de celebração e alegria e foi um balde de água fria muito grande. Por mais que já estivéssemos cientes da condição de saúde do nosso Presidente, nunca estamos à espera desta notícia e é muito triste para todos nós", disse Iúri Leitão.
José Manuel Constantino morreu vítima de doença prolongada aos 74 anos mas, segundo Rui Oliveira, ainda conseguiu assistir à conquista da medalha de ouro na prova de ciclismo de pista.
"É um grande motivo de orgulho e fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance para homenageá-lo".
[Última atualização às 20h10]