A ONU vai homenagear esta segunda-feira o antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, pelo seu papel no apoio aos refugiados no ensino superior. A cerimónia vai ser organizada pela Aliança das Civilizações, de que Sampaio foi o primeiro alto representante, e pela missão portuguesa na ONU.
Jorge Sampaio quis dar continuidade aos estudos dos jovens que interromperam o ensino superior por causa de conflitos, perseguições ou violência no país de origem.
Em 2013, o antigo chefe de Estado fundou a Plataforma Global para Estudantes Sírios, com o objetivo de prosseguirem os estudos.
O programa foi alargado este ano quando os Talibã voltaram ao poder no Afeganistão, para as jovens afegãs.
O mecanismo internacional apoia os jovens com bolsas de estudo e acolhimento em universidades de diversos países.
Portugal assume a continuidade da ideia lançada pelo antigo Presidente da República.
A cerimónia aproveitou a frase de Sampaio e intitula-se "Solidariedade não é facultativa, é um dever".
Jorge Sampaio, que morreu em 10 de setembro, com 81 anos, foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1996 e 2006.
Após o fim do segundo mandato, e ainda em 2006, Jorge Sampaio foi o enviado especial da ONU na Luta contra a Tuberculose e, um ano depois, foi convidado para exercer o cargo de Alto Representante da ONU para o Diálogo das Civilizações, até 2013.
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