Jornada Mundial da Juventude

O que se sabe do plano de saúde para a JMJ? Estão previstos dois hospitais de campanha

Para além dos profissionais de saúde destacados para a Jornada Mundial da Juventude, há 1.200 voluntários inscritos com formação na área. Os voluntários podem ser médicos, enfermeiros ou estudantes no final da licenciatura.

As obras de preparação do recinto do Parque Tejo-Trancão para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa 2023
As obras de preparação do recinto do Parque Tejo-Trancão para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa 2023
MIGUEL A. LOPES

Os planos de mobilidade, segurança e saúde da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) estão a ser elaborados na expectativa de ser o maior evento organizado no país, tendo em conta os milhares de peregrinos.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 1 e 6 de agosto em Lisboa e são esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas, com a presença do Papa Francisco.

O ultimo balanço feito pela Fundação JMJ, a 13 de maio, dava conta de mais de 600 mil peregrinos inscritos para este encontro mundial.

Previstos dois hospitais de campanha


O plano de resposta e de gestão dos recursos em saúde esteve a cargo de uma comissão criada em abril por despacho do Governo, assinado pela secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares.

Segundo o despacho, o Governo pretendeu, com esta comissão, presidida pelo médico António Marques da Silva, "garantir uma resposta atempada, estruturada e eficaz no âmbito da saúde e da gestão dos seus recursos".

O plano de saúde prevê a instalação de dois hospitais de campanha. O ministro já garantiu que o dispositivo será "muito robusto".

"Vamos instalar um dispositivo muito robusto. Desde logo, no local, com dois hospitais de campanha, com todo o equipamento de emergência médica pré-hospitalar e, com muitos voluntários. Até à semana passada tinham-se inscrito 1.320 voluntários, entre médicos, enfermeiros, alunos finalistas das diferentes áreas da saúde", afirmou Manuel Pizarro.

O plano para assistência médica aos participantes da Jornada Mundial da Juventude vai garantir os "cuidados médicos adequados".

Segundo o ministro, o sistema vai responder "inteiramente às necessidades, naturalmente com algum reforço de retaguarda, quer dos centros de saúde, quer das urgências dos hospitais", que têm de estar, de prevenção para um eventual acontecimento.

Por sua vez, o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) anunciou que o plano para JMJ prevê uma "resposta nacional" em rede e recusou "limitar muito" as férias dos profissionais de saúde nessa altura.

Fernando Araújo referiu que não pretende "limitar muito as férias dos profissionais" de saúde, alegando que "as pessoas precisam de descansar" depois do esforço desenvolvido nos primeiros dois anos da pandemia e do "período forte" de recuperação das listas de espera no SNS.

Os últimos dados da organização da jornada indicavam que 1.200 pessoas com formação na área da saúde fizeram já a sua inscrição como voluntários para a JMJ.

Estes voluntários, que são médicos, enfermeiros e estudantes do final da licenciatura em medicina e enfermagem, vão ter como função responder, no momento, às necessidades de saúde básicas dos participantes no encontro mundial.