Juntamente com o chefe da comissão especial que analisa o caso, Rogério Rosso, do Partido Social Democrata (PSD), Jovair Arantes anunciou que irá divulgar as suas conclusões hoje e que a votação final do documento acontecerá na próxima segunda-feira.
O relatório poderá ser aprovado ou rejeitado numa votação decidida por maioria simples dos 65 parlamentares que integram a comissão especial.
Se for aprovado e indicar que a Presidente deve ser retirada do cargo, o texto segue para o plenário da Câmara dos Deputados para ser votado.
Mas a situação política no Brasil terá mais episódios hoje, depois de o juiz do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio de Mello ter tomado uma decisão que obriga os parlamentares a formarem outra comissão especial para decidir se o vice-Presidente Michel Temer também será destituído.
Temer foi acusado de infrações semelhantes às cometidas por Dilma Rousseff, mas o caso havia sido arquivado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Mello, no entanto, determinou que não cabe a Cunha decidir sozinho se as acusações contra Temer têm ou não veracidade, mas a uma comissão parlamentar.
Cunha declarou que vai recorrer judicialmente da decisão do Supremo ainda nesta quarta-feira e classificou o despacho de Mello como uma ação "absurda".
Segundo o presidente da Câmara, a ordem significaria também que todos os pedidos de destituição já formalizados contra a Presidente da República teriam que ser analisados em uma comissão especial.
"Vamos passar a fazer na Câmara dos Deputados apenas votação de 'impeachment' todas as semanas", concluiu.
Com Lusa