Num comunicado assinado pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George, refere-se que o atual surto provocou o internamento de um total de 311 pessoas, 303 na região de Lisboa e Vale do Tejo, três na região Norte, quatro na região Centro e um na região do Algarve.
Porém, acrescentou a DGS, um dos casos reportados quarta-feira no Algarve "não tem ligação epidemiológica com o atual surto, assim como não se confirmaram, após contra-análise, os dois casos inicialmente suspeitos reportados do estrangeiro".
Até ao momento, a infeção pela bactéria com origem em Vila Franca de Xira provocou sete mortes, estando atualmente um caso em investigação.
"A taxa de letalidade estimada até ao momento é de 2,3%", segundo a DGS.
A entidade informou que continuam a decorrer inquéritos sobre o surto, mas que as evidências indicam que a situação está circunscrita às freguesias de Póvoa de Santa Iria, Forte da Casa e Vialonga, em Vila Franca de Xira, zonas às quais se ligam todos os casos identificados.
"Não há indícios de extensão do risco de doença para lá da zona já delimitada", lê-se.
As investigações sobre a origem do surto prosseguem, envolvendo os ministérios da Saúde e do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, e com a participação de outras agências como o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
O comunicou relembrou não existir risco de transmissão entre pessoas e que é seguro consumir água da rede pública de abastecimento.
No balanço feito anteriormente pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), o surto provocou até ao momento sete mortos, 291 doentes, dos quais 49 estão em unidades de cuidados intensivos, tendo nove dos infetados já recebido alta clínica.
A ARSLVT relatou terem surgido nas últimas 24 horas registaram-se 27 novos casos, o que confirma uma "diminuição" de novos casos.
Dos sete mortos, cinco estavam internados no Hospital de Vila Franca de Xira e dois no Centro Hospitalar Lisboa Norte.
A 'legionella', que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, foi detetada na sexta-feira, dia 07, no concelho de Vila Franca de Xira.
O ministro do Ambiente anunciou uma ação inspetiva extraordinária à empresa Adubos de Portugal, em Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, que teve lugar na terça-feira, para averiguar um eventual crime ambiental "por libertação de microrganismos para o meio ambiente".
A Doença do Legionário transmite-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
LUSA
