Uma petição criada por um ativista da África do Sul pede que a família real britânica devolva o maior diamante do mundo, o Cullinan, presente em jóias da Coroa. A pedra preciosa deu origem a nove diamantes. Um deles, também conhecido como Grande Estrela de África, pode ser visto no ceptro real que o rei Carlos III vai segurar na coroação, que se realiza no sábado.
Com 3106,75 quilates (621,35 gramas), o Cullinan é, até hoje, o maior diamante alguma vez encontrado.
A petição, que contava na quinta-feira com mais de 8.000 assinaturas, foi lançada por um advogado e ativista de Joanesburgo.
O Cullinan foi extraído de uma mina na África do Sul, perto de Pretória, em 1905. Na altura, foi oferecido à família real pelo Governo da África do Sul, que estava sob domínio britânico.
A pedra preciosa deu origem a nove diamantes. Os dois maiores estão em jóias da Coroa: o Cullinan I, também chamado de Grande Estrela de África, de 530,4 quilates (106,08 gramas) pode ser visto no ceptro real; e o Cullinan II, com 317,4 quilates (63,48 gramas), na Coroa Imperial de Estado usada em ocasiões cerimoniais. Os outros sete diamantes eram propriedade privada de Isabel II, que os herdou da avó.
O ativista que criou a petição alega que as jóias devem ser olhadas como obras de arte "pilhadas" e, por isso, devolvidas ao país de origem.
Esta não é a primeira vez que a devolução da jóias vem a debate. Após a morte da rainha Isabel II, a África do Sul aumentou os apelos para a família real britânica devolvesse o Cullinan I.
A Royal Collection Trust, responsável por supervisionar a coleção da família real britânica, diz que o diamante foi oferecido ao rei Eduardo VII, dois anos depois de ter sido descoberto.