O programa norueguês de proteção da raposa-do-Ártico está a funcionar e, só esta semana, cinco animais criados em cativeiro foram libertados na natureza. Saíram apressadas para um habitat que é o natural das raposas, mas que estas nunca conheceram.
A Noruega investe quase 300 mil euros por ano a manter o programa de criação de raposas em cativeiro, uma luta que não terá qualquer corte no orçamento, já que o planeta, e não só as raposas, está ameaçado.
O programa começou em 2005, numa altura em que a caça, sobretudo, proibida nos anos 30 do século passado, ainda mostrava os efeitos devastadores numa espécie arrasada pelo Homem.
Mesmo em ambiente selvagem, a raposa-do-Ártico tem a ajuda de postos de ração, uma espécie de suplemento alimentar para garantir a sobrevivência daquela que ainda é apenas uma pequena comunidade.
20 anos depois, este espaço é um santuário para o acasalamento das raposas, que depois são levadas para mais perto das montanhas, onde voltam à liberdade natural.
O programa é uma colaboração entre Noruega, Finlândia e Suécia. Os países escandinavos esperam que as 550 raposas de hoje passem a 2 mil nos próximos 25 anos.