Um homem ficou ferido com gravidade ao defender a mulher de um ataque de um urso polar em casa, perto de Ontário, no Canadá. Os cientistas alertam que estes animais poderão aproximar-se cada vez mais de pessoas devido ao aquecimento global.
O casal encontrou o urso na garagem de casa, em Fort Severn First Nation, uma região muito isolada no norte do Canadá, num encontro surpresa, na terça-feira passada, que acabou da pior forma: o urso atacou a mulher e o homem para a defender atacou o urso.
Num comunicado, a polícia de Nishnawbe Aski especifia que o urso atacou a mulher quando o casal se preparava para passear os cães, por volta das 05:00, hora local, e, para evitar um desfecho pior, o marido lançou-se ao animal.
O homem ficou com feridos graves nos braços e nas pernas, mas está fora de perigo.
Um vizinho do casal, que se apercebeu da "luta" com o animal, disparou várias vezes contra o urso.
O animal, que fugiu, foi encontrado morto pela polícia numa floresta.
Os especialistas alertam que o aquecimento global vai mudar o local e a altura em que os ursos polares são vistos, com maior risco para "encontros surpresa".
"As interações com humanos dependem muito do urso, das condições e da localização. Mas, regra geral, os ursos polares, vão tornar-se mais imprevisíveis à medida que as condições ambientais mudarem", diz Andrew Derocher, professor de biologia da University of Alberta, ao The Guardian.
Os ursos polares são vistos com frequência em Fort Severn First Nation, na Baía de Hudson, no Norte do Canadá, mas os ataques são raros.
Existem cerca de 600 ursos na Baía de Hudson, menos de metade do que havia há 40 anos.
Os ursos dependem de gelo para se alimentarem de focas, movimentarem-se e reproduzirem-se. Aos poucos, o bloco de gelo, habitat do urso polar, desaparece.