O juiz Ivo Rosa ouviu esta quarta-feira um tio e um amigo de Sofia Fava, as últimas duas testemunhas arroladas pela ex-mulher de José Sócrates, na instrução da Operação Marquês.
Os dois homens confirmaram a tese defendida na segunda-feira pela arguida, relacionada com o processo de compra de um monte em Montemor-o-Novo.
Ao juiz, garantiram que a propriedade era de Sofia Fava e do companheiro da altura, e que o casal até tencionava saldar o empréstimo contraído no Banco Espírito Santo com uma hipoteca sobre a casa na Rua Abade Faria, em Lisboa. Esta foi a residência que acolheu José Sócrates quando o antigo primeiro-ministro saiu da prisão de Évora.
Sofia Fava tenta assim deitar por terra os dois crimes de que está acusada: um de branqueamento de capitais, relacionado com o monte alentejano, e outro de falsificação de documento, ligado a um contrato de prestação de serviços feito com a XLM, uma empresa de Carlos Santos Silva.