Operação Marquês

Advogado de Armando Vara diz que novos documentos deviam ter sido entregues antes 

Armando Vara está a ser julgado por branqueamento de capitais.  

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O Ministério Público juntou esta quarta-feira novos documentos ao processo da Operação Marquês, que foram aceites pelo tribunal.

O advogado de defesa de Armando Vara, Tiago Rodrigues Bastos, considera que já deveriam ter sido entregues durante a fase de instrução.

Acusado no processo Operação Marquês por um crime de corrupção passiva de titular de cargo político, dois de branqueamento de capitais e dois de fraude fiscal qualificada, Armando Vara, após decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, é agora julgado em processo autónomo por um único crime de branqueamento de capitais, sendo que o juiz considerou que o de fraude fiscal prescreveu.

O envolvimento do antigo deputado e ministro socialista na Operação Marquês relacionava-se com o facto de, em 2006, como administrador da CGD, Vara ter alegadamente conseguido financiamento da CGD para o empreendimento de Vale do Lobo, mas, segundo a acusação do Ministério Público, mediante contrapartida financeira que terá implicado uma transferência de um milhão de euros para uma conta bancária por si controlada.

Na terça-feira, em véspera do início do julgamento no Campus de Justiça, em Lisboa, Armando Vara beneficiou de uma saída precária da cadeia e, segundo fonte ligada ao processo, estará "fisicamente presente" na primeira sessão de julgamento, marcada para as 09:30.