O ministro das Finanças defende que o Orçamento do Estado para 2021 é "equilibrado" e "aquilo que o país precisa nesta fase".
Em entrevista no Jornal da Noite, da SIC, João Leão diz que os objetivos do documento são responder à crise de saúde pública que o país está a passar, recuperar a economia, proteger o emprego e o rendimento dos portugueses.
"É um orçamento equilibrado, que o país precisa nesta fase. Tem a preocupação de responder à saúde e proteger a economia."
Crescimento de 5,4% em 2021
"É um período de grande incerteza, mas a generalidade das previsões aponta para um crescimento no próximo ano."
O ministro defende que a perspetiva do Governo para o crescimento em 2021 não é otimista, mas sim razoável e alcançável. Destaca a previsão do FMI de 6% para o próximo ano, "acima da previsão do Governo", e o aumento da liquidez das famílias.
"Num só ano estamos a pôr no bolso dos portugueses 550 milhões de euros (...) Nunca houve, nos últimos anos, um ano em que se aumentasse tanto o rendimento das famílias."
Questionado sobre um plano B em casa de menor crescimento, João Leão garante que o Executivo está preparado, caso a pandemia se agrave, para canalizar "ainda mais apoios" para a economia e manutenção do emprego.
Medidas para as empresas
"Governo quer dar um sinal de que está preparado para continuar a apoiar as empresas e manter o emprego dos trabalhadores, financiando parte dos custos do trabalho."
O ministro das Finanças diz que o Orçamento do Estado para o próximo ano prevê 900 milhões de euros para a proteção do emprego e garante que o Governo está disponível para prolongar o lay-off.
"As próprias medidas de proteção de rendimento também ajudam as empresas"
Orçamento é sustentável para a Segurança Social?
O ministro afirma que o orçamento responde de forma "responsável" e que a prazo assegura a sustentabilidade das finanças públicas e da Segurança Social.
Sobre a nova prestação social, diz que é fundamental para proteger os trabalhadores, mas não revela se se tornará definitiva.
"Esta prestação é fundamental no contexto de crise para proteger rendimentos dos portugueses, não podemos deixar ninguém para trás"
476 milhões para o Novo Banco
"Não está prevista autorização para o Fundo de Resolução transferir mais de 476 milhões de euros"
Sobre o Novo Banco, João Leão frisa que vai receber apenas o montante do Fundo de Resolução. No entanto, não esclarece qual vai ser a alternativa se o banco precisar de mais dinheiro.
Veja abaixo a entrevista na íntegra: