O Orçamento do Estado para 2020 foi esta quarta-feira aprovado em votação final global, com os votos a favor do PS, contra do PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega e a abstenção do PCP, Os Verdes, Bloco de Esquerda, PAN e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.
A sessão parlamentar ficou marcada por várias trocas de acusações. O PSD disse que António Costa manda no PCP e no CDS e o primeiro-ministro acusou Rui Rio de ter usado o debate orçamental como instrumento de campanha interna
Bloco acusa Governo de ter feito um “jogo de chantagens”
O Bloco de Esquerda acusa o Governo de ter feito um "jogo de chantagens" para dividir antigos parceiros. Já o PCP confessa-se satisfeito com as alterações que conseguiu aprovar e critica a sintonia do BE com o PSD sobre o IVA da eletricidade.
Reviravolta à última hora impediu descida do IVA da eletricidade
O IVA da eletricidade vai manter-se na taxa máxima de 23%. A proposta do PCP de baixar para a taxa mínima de 6% foi chumbada.
O PSD, que tinha dito que ia votar a favor, acabou por se abster.

Pequenos partidos dizem que Governo consegue viabilizar Orçamento a "troco de migalhas"
No discurso de encerramento da votação global, o Iniciativa Liberal e o Chega acusaram a esquerda de viabilizar o documento a "troco de migalhas" para o país.
Já o PEV considerou que o Orçamento sai do Parlamento melhor do que entrou, apesar de ficar aquém nas propostas ambientais. O PAN concordou com esta leitura, mas congratula-se pela subida do IVA nas touradas para 23%.
Alterações ao OE vão custar 40 milhões
A SIC sabe que as alterações ao Orçamento do Estado para 2020, que foram viabilizadas por coligações negativas, vão custar 40 milhões de euros.
Ainda assim, este valor não vai pôr em causa o excedente orçamental.