O Parlamento chumbou a criação de uma licença menstrual. A proposta do PAN foi duramente criticada pelo Chega, que acusou Inês Sousa Real de feminismo bacoco. Na resposta, a deputada do PAN disse que pacóvio é ser machista.
A licença menstrual de três dias proposta pelo PAN, a seguir o exemplo da vizinha Espanha, implicava uma perda de rendimento. Com a qual o Chega discorda, o que motivou um aceso debate no Parlamento.
“Estamos a adicionar mais um fator de discriminação pela circunstância de [as mulheres] menstruarem. Com este tipo de medidas vamos apenas aumentar o fosso salarial entre as mulheres. E sabe uma coisa? Não precisamos do seu feminismo bacoco que penaliza as mulheres. (…) Vergonha”, reiterou a deputada do Chega, Rita Matias.
A iniciativa do PAN, que já tinha sido votada na segunda-feira, durante as votações na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE 222), foi avocada a plenário e novamente rejeitada. Os votos a favor do PAN, BE, PCP e Livre não foram suficientes perante os votos contra do PS, PSD, Chega e IL.
O segundo dia do debate na especialidade ficou também marcado por críticas de todos os partidos ao pedido do Partido Socialista para que fosse votada uma alteração de última hora sobre o endividamento das autarquias. Acusam o partido de ser um “rolo compressor da maioria absoluta”.
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