A líder do Bloco de Esquerda acusa o Governo de estar a dar borlas fiscais a empresas mal geridas, ao permitir que a dedução de prejuízos fiscais não tenha limite de anos. De visita esta manhã ao mercado de olhão, Catarina Martins considera a proposta de Orçamento do Estado inaceitável porque não garante atualização de salários, mesmo no valor abaixo da inflação.
A quem se aguenta aos custos crescentes no mercado de Olhão, o Bloco vem dizer que até teria uma receita para os enfrentar: controlar preços e tributar lucros excessivos.
Mas, nem uma, nem outra ideia encontra Catarina Martins na proposta de Orçamento do Estado. Nem tão pouco a garantia de que os recibos de vencimento no privado possam de facto ser atualizados 5% ao ano, tal como concertado com patrões.
Perdem poder de compra os algarvios, como o resto dos portugueses, mas na região onde tratamentos oncológicos de radiocirurgia passaram a ser feitos em Sevilha, encontra o exemplo perfeito para apontar malefícios às políticas liberais.
O Bloco propõe um pacote específico de investimento no Serviço Nacional de Saúde do Algarve. Acredita ser possível fixar profissionais pagando despesas de habitação e de deslocação.